"Procuro por uma porta que me abra um tempo mais sereno.
Pressinto que ela está por aí, talvez próxima, à toa nos meus caminhos vagos.
Entre uma passada e outra me apresso em tocá-la, e ela na sua calma surda de madeira se afasta para voltar ao estado de árvore.
Sinto que também ela procura por alguma coisa com algo de vento mastigando capim.
Vez por outra escuto um mugido rangendo entradas e saídas trompa pastoral se fechando em tardes.
Meus amigos me dizem que possuem sua chave, que são íntimos no entrar e sair.
— seja pela parte da frente seja pela parte de trás — sabem até do seu humor pela leitura enrugada dos múltiplos nós, mas não podem emprestá-la.
Temem que eu não volte para devolvê-la."
(Anibal Beça)
Pressinto que ela está por aí, talvez próxima, à toa nos meus caminhos vagos.
Entre uma passada e outra me apresso em tocá-la, e ela na sua calma surda de madeira se afasta para voltar ao estado de árvore.
Sinto que também ela procura por alguma coisa com algo de vento mastigando capim.
Vez por outra escuto um mugido rangendo entradas e saídas trompa pastoral se fechando em tardes.
Meus amigos me dizem que possuem sua chave, que são íntimos no entrar e sair.
— seja pela parte da frente seja pela parte de trás — sabem até do seu humor pela leitura enrugada dos múltiplos nós, mas não podem emprestá-la.
Temem que eu não volte para devolvê-la."
(Anibal Beça)